Foto e informações de Ricardo Vieira. |
O Camaçari Futebol Clube ingressou na tarde desta sexta-feira
(03) com um mandado de Garantia no Tribunal até que se esgotem todas as fases
processuais e a consequente decisão final do processo que o clube move contra a
Catuense, já conhecido como a “mala preta” do futebol baiano.
O caso deve chegar ao STJD, no Rio de
Janeiro e, caso o campeonato se inicie realmente como está previsto, dia 08 de
janeiro, poderá haver interferência direta no final do referido processo no
quadro de associações participantes do certame de 2014.
Trata-se de Mandado de Garantia
Preventivo com pedido de concessão de Medida Liminar, já que o CBJD – Código
Brasileiro de Justiça Desportiva - determina que todos os processos sejam
julgados em conformidade com o Princípio da Celeridade (art. 2º, II do CBJD). O
processo de nº 064/13 teve início em Julho de 2013 e até o momento não foi
definitivamente julgado.
Neste caso, todos os prazos previstos
no CBJD foram superados sem uma solução definitiva e o Camaçari entende que tem
o direito líquido e certo de ter o julgamento definitivo daquele processo nos
prazos fixados em lei, que são, obviamente, antecedentes ao início do
Campeonato Baiano Profissional da 1ª Divisão de 2014.
O presidente do Camaçari, Fernando
Lopes, esteve na sede da Federação Baiana de Futebol, acompanhado da advogada
do clube, Maria Alice Menezes. Para ele, o caso da “mala preta” é um escândalo
nacional e vem se arrastando há mais de 6 meses. “Espera-se que não se repita
na Bahia os fatos e resultados do Campeonato de 1999. O povo da Bahia não
merece esse desatino” afirmou o dirigente, que até o momento está com o time
parado, sem qualquer informação sobre o que vai fazer daqui para frente.
O Camaçari não se inscreveu para
nenhuma competição em virtude do processo que se arrasta no Tribunal. Enquanto
isso, o Ipitanga, que deu causa a todo esse imbróglio, sequer foi denunciado
pela procuradoria do TJD e está devidamente inscrito para disputar a 2ª divisão
em 2014.